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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Vila do Porto - Restauracao e Mercados - Acores - Portugal

A Vila dispõe da grande parte dos restaurantes: Pipas Churrasqueira, Restaurante Pub Bar 55, Arriba Bar, Central Pub, A Lanchonete e o Restaurante Atlântida. Os cafés populares são imensos e encontram-se um pouco por toda a parte.
Os supermercados proporcionam espaços pequenos mas recheados com os bens essenciais: Supermercado Batista e Supermercado Ângelo na Rua Dr. Luís Bettencourt, O Supermercado Frescos e C. na Rua da Lomba e zona histórica da vila. O mini-mercado Resendes na rua Teófilo Braga. O mercado municipal é ponto obrigatório de passagem com peixe e carne fresca.

Vila do Porto - Jardins e Espacos de Lazer - Santa Maria - Acores

Vila do Porto dispõe de um jardim central em jeito de praça com coreto. É lá que se dão as festas e romarias e é o palco de todas as festas. Dispõe de bancos de jardim onde os idosos vêm passar o tempo e onde se conversa sobre o passado e o futuro da terra. Na zona histórica está em fase de acabamento uma praça nova, destinada a promover a zona. A Vila dispõe ainda de um Parque Florestal onde é possível fazer piqueniques e churrascos, bem como brincar nos equipamentos infantis ou disfrutar da vista para o vale e brincar com os animais, naquilo que é o único parque zoológico da ilha. Na Banda 24 de Agosto existem também jardins onde se pode brincar em segurança. Nos Anjos foi instalado recentemente um equipamento de brincadeiras infantis.

Está prevista a inauguração do Complexo Desportivo de Santa Maria para este ano ainda, onde se poderão praticar todo o tipo de desportos, desde a natação, passando pelo andebol, futebol e basquetebol.

Vila do Porto - Edificios Publicos e Igrejas - Santa Maria - Acores

Vila do Porto apresenta duas partes distintas, a mais moderna que fica para cima da Matriz e a mais antiga que vai da Matriz até ao cais. Tem ruelas estreitas, canadas e travessas com cariz sombrio e medievo.
O Hospital da Santa Casa da Misericórdia foi fundado em 1500, mais tarde por más condições, sobretudo, pelo fraco espaço que apresentava foi substituído pelo actual Centro de Saúde de Vila do Porto, situado na avenida do concelho. O antigo hospital apresenta-se hoje como um lar de idosos.
Em termos de igrejas esta localidade apresenta cinco: a Nossa Senhora da Assunção, a Nossa Senhora da Vitória, a igreja de Santo Antão, a do Senhor dos Passos e a Nossa Senhora da Conceição da Rocha. A primeira é Matriz e principal igreja, cujo nome deu-se através da invocação da Assunção de Nossa Senhora. Esta igreja tem três naves, uma central e duas laterais, com oito capelas: a capela-mor e duas colaterais; nas naves laterais, a do Bom Jesus, Nossa Senhora do Carmo, Santo André, Santa Catarina e Almas. Existia também uma Capelinha do Baptismo e do Santo dos Óleos.

A Igreja de Nossa Senhora da Assunção sofreu várias destruições e profanações, uma delas foi o assalto em Agosto de 1576 pelos franceses e em 1599 pelos ingleses, tendo sido também queimada em Julho de 1616 pelos argelinos e turcos. Para estas reconstruções e melhoramentos grandes dificuldades haveriam para se conseguir fundos, isto apesar de Filipe IV (III de Portugal) impor a obrigação de não a gozar dos frutos dela senão depois de cinco anos. Assim, em 1630, a Câmara Municipal concertou a igreja.
No século XVIII e XIX, os concertos e todas obras nela feitas foram realizadas com o auxílio do povo e das confrarias. Isto sucedeu-se devido ao incêndio da Matriz, no dia 6 de Outubro de 1832, dia da festa da Nossa Senhora do Rosário, pois sua reconstrução foi feita à custa de paroquianos.
O lançamento da primeira pedra referente à igreja foi a 6 de Março de 1609. O convento necessitou de obras de reconstrução em 1725, devido à sequela dos piratas nos anos 1616 e 1675. Este convento desempenhou até a altura da sua extinção, um papel fundamental a nível da ilha, não só na área religiosa, mas também na área educativa. Actualmente, encontram – se no antigo convento vários serviços públicos, desde a câmara municipal; o tribunal da comarca de vila do porto e a secção de finanças e tesouraria.
A igreja de Santo Antão era do século XVI uma ermida erecta, sendo depois reconstruída em 1933, cuja bênção ocorreu em Janeiro do ano seguinte.

A igreja do Senhor dos Passos foi construída no século XVI, possui pintura artística antiga e a imagem de Cristo. Todos os anos organiza-se aqui cortejo processional.
Por fim, a igreja Nossa Senhora da Conceição da Rocha, vulgarmente conhecida por Santa Luzia, foi segundo a tradição, a primeira erguida nesta vila e, como tal, era antigamente a Matriz.

A Biblioteca Pública de Santa Maria situa-se no centro e está alojada no edifício de um antigo convento, aliás, é bem visível esse legado, tanto por dentro como por fora.

O Forte de São Brás é dos poucos espaços revitalizados na zona histórica de Vila do Porto, alberga neste momento um estabelecimento de diversão nocturna. O Forte de São Brás, sobranceiro ao porto da Vila, constitui um exemplo de arquitectura militar, construído durante o domínio filipino para proteger a população dos frequentes ataques de piratas. No seu interior encontra-se a Ermida de Nossa Senhora da Conceição da Rocha.

Outros pontos de interesse são as ruínas da casa do capitão João Soares de Sousa (século XVI), com as suas janelas góticas, os solares antigos, com portadas góticas, janelas manuelinas e telhados de quatro águas, e os paços do concelho, situados no antigo Convento de São Francisco de Vila do Porto, um edifício do século XVII, que alberga actualmente a Câmara Municipal e outros organismos públicos, destacando-se o claustro com arabesco e um jardim interior.

Caracterizacao Vila do Porto - Santa Maria - Acores - Portugal

Vila do Porto é a principal freguesia da ilha e dá nome ao próprio concelho. Vila do Porto tem cerca de 3 000 habitantes e uma área de 26, 04 km², o que dá uma densidade populacional de cerca de 115 habitantes por km². É a mais antiga vila açoriana. Está dividida em duas partes: abaixo da Igreja Matriz, que mantém o traçado primitivo das ruas de cariz medieval; acima da Igreja Matriz, mais recente, que se desenvolve ao longo de uma rua comprida e larga, sobre uma lomba entre duas ribeiras (a Grande, hoje chamada de São Francisco, e a do Sancho).

Historia de Santa Maria - Acores - Portugal

Situada no extremo sudeste do maravilhoso Arquipélago dos Açores, a Ilha de Santa Maria foi a primeira deste arquipélago a ser oficialmente descoberta, por Diogo Silves, cerca de 1427, situando-se a sua capital em Vila do Porto, a mais antiga das vilas Açorianas.
O arquipélago dos Açores divide-se em três grupos: o Grupo Oriental constituído por São Miguel, Santa Maria e os ilhéus das Formigas; o Grupo Central com Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa e o Grupo Ocidental, formado pelas ilhas Flores e Corvo. As datas de descobrimento do Arquipélago são uma incógnita, existindo correntes históricas que afirmam já virem designados em mapas Genoveses desde 1351, contudo foi a partir de 1431 que as Ilhas começaram a ser povoadas.


Com uma superfície de 97km2, e caracterizada pelas suas baías de recorte profundo, a Ilha de Santa Maria mantém as suas antigas tradições aliadas a um património arquitectónico único e a uma natureza surpreendente, dona de grandes proporções de terra de origem sedimentar onde se encontram variados fosseis marinhos, testemunho do passar dos séculos neste território.O ponto mais elevado da Ilha situa-se no Pico Alto, a 590 metros de altitude, seguindo-se os Picos das Cavacas a 491 metros e o da Caldeira a 481 metros, de onde se têm panoramas de grande beleza que permitem perscrutar a intensidade natural deste território.
Local de férteis terrenos, tem sabido ao longo dos séculos tirar proveito do melhor que a terra pode oferecer, baseando a sua economia na actividade agrícola e pecuária, mas também noutro sectores, como os meios de comunicação, nomeadamente aéreos, com grande desenvolvimento desde a criação do Aeroporto.


A Ilha de Santa Maria caracteriza-se pelos seus núcleos habitacionais que muito fazem lembrar as regiões continentais do Algarve e Alentejo, com casas de alvenaria branca e faixas coloridas, uma vez que os primeiros colonos derivavam na sua maioria destas regiões, corria ainda o século XV. Plena de beleza natural, Santa Maria é conhecida pelas belas cores das suas paisagens, onde o amarelo e ocre do solo e das culturas, o verde dos campos e o profundo azul do oceano provocam panoramas sem igual, tendo sempre muito para conhecer e oferecer, proporcionando as melhores condições par a prática de desportos e actividades de natureza e lazer ou simples contemplação.
No Museu de Santa Maria, em Santo Espírito, fica-se a conhecer mais da história e etnografia desta bela Ilha, que é famosa também pelo seu Artesanato com artigos em barro vermelho, em lã, vime e palha. Já a nível gastronómico, o peixe e marisco são os reis da mesa, que também se veste de uma grande variedade de vegetais e é dona de uma rica doçaria, vinho e licores regionais.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Lenda de Santa Maria - Açores -Portugal

Estava-se no século quinze, uma época em que a ânsia de descobrir novas terras dominava muito portugueses e à frente de todos estava o Infante Don Henrique, fundador da escola náutica de Sagres. Gonçalo Velho Cabral, marinheiro querido do Infante e frade muito devoto de Nª.Senhora, saíu de Portugal e fez-se ao mar, fazendo promessa de baptizar a primeira terra que encontrasse com o nome da Mãe Santíssima.
A viagem foi custosa e demorada, mas a esperança não faltava e, por isso, o vigia, no cesto do mastro, olhava desde a madrugada até ao anoitecer para o horizonte, animado pela ideia de que um dia, inesperadamente, uma nova terra iria aparecer.
Gonçalo Velho e os outros marinheiros rezavam muito a Nª.Senhora.Entre calmarias e tempestades chegou o Verão, mais propriamente o dia de Nª.Senhora de Agosto. A manhã começou a raiar, clara e suave.
O gajeiro já estava no seu posto de trabalho na gávea e olhava em frente. Uma nuvem diferente apareceu, foi ganhando forma e, em vez de se desfazer, tornou-se cada vez mais real. A dada altura o marinheiro de vigia não teve mais dúvidas. Ficou sufocado de espanto e pronunciou só para si: - Oh! É terra que está ali... Depois, com toda a força do seu corpo e da sua alma, elevou a voz para que todos pudessem ouvir e gritou: -Terra à vista! Terra à vista! Terra à vista!
Gonçalo Velho, os frades e os restantes marinheiros tinham começado o dia, como sempre, rezando o terço para que Nª.Senhora os protegesse e lhes deparasse o que procuravam. Quando o gajeiro lançou o grito, já tinham rezado a "Avé-Maria" e nesse preciso momento, pronunciavam "Santa Maria".
Houve grande alegria entre os marinheiros que se abraçavam comovidos. Gonçalo Velho considerou ter-se dado um milagre de Nª.Senhora a lembrar-lhe a promessa que tinha feito. Aproximaram-se de terra, puseram pé na primeira ilha dos Açores a ser encontrada e logo ali a baptizaram de "Santa Maria", expressão que os marinheiros pronunciavam quando a ilha foi avistada. Esta fé de Gonçalo Velho passou para os marinheiros que ainda hoje têm grande devoção a Nª.Senhora e festejam efusivamente Santa Maria de Agosto.