quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Vila do Porto - Restauracao e Mercados - Acores - Portugal
Vila do Porto - Jardins e Espacos de Lazer - Santa Maria - Acores
Está prevista a inauguração do Complexo Desportivo de Santa Maria para este ano ainda, onde se poderão praticar todo o tipo de desportos, desde a natação, passando pelo andebol, futebol e basquetebol.
Vila do Porto - Edificios Publicos e Igrejas - Santa Maria - Acores

A igreja do Senhor dos Passos foi construída no século XVI, possui pintura artística antiga e a imagem de Cristo. Todos os anos organiza-se aqui cortejo processional.
Por fim, a igreja Nossa Senhora da Conceição da Rocha, vulgarmente conhecida por Santa Luzia, foi segundo a tradição, a primeira erguida nesta vila e, como tal, era antigamente a Matriz.
A Biblioteca Pública de Santa Maria situa-se no centro e está alojada no edifício de um antigo convento, aliás, é bem visível esse legado, tanto por dentro como por fora.
O Forte de São Brás é dos poucos espaços revitalizados na zona histórica de Vila do Porto, alberga neste momento um estabelecimento de diversão nocturna. O Forte de São Brás, sobranceiro ao porto da Vila, constitui um exemplo de arquitectura militar, construído durante o domínio filipino para proteger a população dos frequentes ataques de piratas. No seu interior encontra-se a Ermida de Nossa Senhora da Conceição da Rocha.
Outros pontos de interesse são as ruínas da casa do capitão João Soares de Sousa (século XVI), com as suas janelas góticas, os solares antigos, com portadas góticas, janelas manuelinas e telhados de quatro águas, e os paços do concelho, situados no antigo Convento de São Francisco de Vila do Porto, um edifício do século XVII, que alberga actualmente a Câmara Municipal e outros organismos públicos, destacando-se o claustro com arabesco e um jardim interior.
Caracterizacao Vila do Porto - Santa Maria - Acores - Portugal
Historia de Santa Maria - Acores - Portugal
O arquipélago dos Açores divide-se em três grupos: o Grupo Oriental constituído por São Miguel, Santa Maria e os ilhéus das Formigas; o Grupo Central com Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa e o Grupo Ocidental, formado pelas ilhas Flores e Corvo. As datas de descobrimento do Arquipélago são uma incógnita, existindo correntes históricas que afirmam já virem designados em mapas Genoveses desde 1351, contudo foi a partir de 1431 que as Ilhas começaram a ser povoadas.

Com uma superfície de 97km2, e caracterizada pelas suas baías de recorte profundo, a Ilha de Santa Maria mantém as suas antigas tradições aliadas a um património arquitectónico único e a uma natureza surpreendente, dona de grandes proporções de terra de origem sedimentar onde se encontram variados fosseis marinhos, testemunho do passar dos séculos neste território.O ponto mais elevado da Ilha situa-se no Pico Alto, a 590 metros de altitude, seguindo-se os Picos das Cavacas a 491 metros e o da Caldeira a 481 metros, de onde se têm panoramas de grande beleza que permitem perscrutar a intensidade natural deste território.
Local de férteis terrenos, tem sabido ao longo dos séculos tirar proveito do melhor que a terra pode oferecer, baseando a sua economia na actividade agrícola e pecuária, mas também noutro sectores, como os meios de comunicação, nomeadamente aéreos, com grande desenvolvimento desde a criação do Aeroporto.

A Ilha de Santa Maria caracteriza-se pelos seus núcleos habitacionais que muito fazem lembrar as regiões continentais do Algarve e Alentejo, com casas de alvenaria branca e faixas coloridas, uma vez que os primeiros colonos derivavam na sua maioria destas regiões, corria ainda o século XV. Plena de beleza natural, Santa Maria é conhecida pelas belas cores das suas paisagens, onde o amarelo e ocre do solo e das culturas, o verde dos campos e o profundo azul do oceano provocam panoramas sem igual, tendo sempre muito para conhecer e oferecer, proporcionando as melhores condições par a prática de desportos e actividades de natureza e lazer ou simples contemplação.
No Museu de Santa Maria, em Santo Espírito, fica-se a conhecer mais da história e etnografia desta bela Ilha, que é famosa também pelo seu Artesanato com artigos em barro vermelho, em lã, vime e palha. Já a nível gastronómico, o peixe e marisco são os reis da mesa, que também se veste de uma grande variedade de vegetais e é dona de uma rica doçaria, vinho e licores regionais.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Historia Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal
Um facto, todavia, inultrapassável é o de ser a primeira de entre todas as que constituem a cidade: a sua toponímia para isso aponta – Matriz (mãe).
A freguesia é rica de monumentos e locais de interesse. Prova disso são as suas igrejas e os seus edifícios de boa traça arquitectónica. Situada no cimo de uma enorme escadaria, a qual os locais chamam de cascata, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Estrela é um imóvel de interesse público. A sua construção iniciou-se na era de quinhentos, tendo sido muito alterada ao longo dos tempos. A sua actual feição data do século XVIII, apresentando hoje uma altaneira fachada barroca e um interessante interior de três naves. Nele se destacam o altar dos Reis Magos, a talha da capela do Santíssimo, o cadeiral do altar-mor, os frescos do tecto dedicados à Virgem e a porta em ferro forjado do Baptistério.

No coro alto encontra-se um conjunto de grande valor artístico, conhecido pelo nome de Arcano. Trata-se de uma vitrina onde se podem admirar centenas de pequenas figuras, moldadas em farinha de arroz, goma-arábica e alúmen, dispostas em vários planos, representando cenas do Antigo e Novo Testamento, tudo esculpido pela freira Clarissa Margarida do Apocalipse, no século XIX.
A sacristia alberga um pequeno museu sacro, com alfaias em prata, imagens e um tríptico flamengo dedicado a Santo André (século XVI).
A Igreja do Espírito Santo (também conhecida, localmente, por Igreja do Senhor dos Passos) é um templo do século XVII com uma espectacular fachada barroca, sendo um dos mais impressionantes exemplares deste estilo existentes no arquipélago. O interior, de duas naves e de decoração simples, contrasta vivamente com o exterior.
Para além destes templos existem várias ermidas, como as de Santo André (século XVI/XVII), Santa Luzia (século XVI) e a de Nossa Senhora da Salvação (século XVII). A ermida de Nossa Senhora de Fátima é mais recente.

Ocupando uma posição privilegiada no centro da cidade, o edifício dos Paços do Concelho data do século XVI-XVII, possuindo uma escadaria exterior e torre do relógio, característica comum aos edifícios municipais dessa época. No seu interior encontra-se a antiga pedra do Pelourinho, bem como uma colecção de retratos dos Chefes-de-Estado, desde D. Maria II até aos nossos dias.
Na esquina da casa contígua há uma bela janela, em estilo manuelino (século XVI), que muitos pensam provir da primitiva igreja matriz.
A Ponte de Oito Arcos constitui um dos ex-libris da cidade da Ribeira Grande. Edificada no século XIX, esta ponte de boa alvenaria é uma obra do engenheiro militar Sousa Silva. Aliás, a esta ponte e à ribeira que por ela passa e que dá nome a toda a cidade está intimamente ligada a história da freguesia que, ainda hoje, tem nos moinhos de água um património histórico insubstituível.

O Teatro Ribeiragrandense, virado para a vertente cultural, possui, hoje em dia, excelentes condições para a realização de espectáculos musicais, teatrais, cinematográficos e outros eventos.
As Caldeiras da Ribeira Grande, um aprazível local de veraneio localizado num pequeno vale a cerca de 5 km da Matriz, reúne à sombra de denso arvoredo um estabelecimento termal e várias nascentes de água mineral. Neste local está também situada a Ermida de Nossa Senhora da Saúde (século XIX).
Refira-se, ainda, que a Matriz constitui o centro nevrálgico de todos os serviços do Concelho e da Cidade.
A Freguesia de Ribeira Grande – Matriz é um local pleno de história e interesse e é, sob o ponto de vista patrimonial e cultural, um dos lugares da Região que apresenta maior riqueza.
Lomba de Sao Pedro - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores
Fenais da Ajuda - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores
Lomba da Maia - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores
Maia - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores
Sao Bras - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal

Lagoa de São Brás
Porto Formoso - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal
Com uma superfície de 11,87 km2 e distando cerca de 14 quilómetros da sede do concelho a que pertence, Ribeira Grande, o nome desta freguesia advém-lhe do seu porto, abrigado ao fundo de uma belíssima enseada, daí formoso.
Ribeirinha - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal
Matriz - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal
A toponímia desta freguesia – Matriz – deve-se ao facto de ser a freguesia-mãe da Ribeira Grande, tanto a nível geográfico como histórico.
Conceicao - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal
Ribeira Seca - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal
Santa Barbara - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores
Rabo de Peixe - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores
Pico da Pedra - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores
Calhetas - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal
Nucleos Populacionais - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal
Clima - Ribeira Grande - Sao Miguel - Acores - Portugal
Ribeira Grande Vegetacao - Acores - Sao Miguel - Portugal
A Serra de Água de Pau abriga uma importante reserva natural com valiosos exemplares da flora indígena, como a urze, a queiró, o louro e o cedro do mato.
O resto do Concelho está totalmente aproveitado pelo homem. Predomina a exploração agro-pecuária, a pastagem, nas terras altas, enquanto as mais baixas são dedicadas à agricultura. O domínio florestal também tem alguma importância, principalmente as matas de criptoméria, árvore originária do Japão e largamente utilizada na construção civil.
Ribeira Grande Paisagem - Sao Miguel - Acores - Portugal
Ribeira Grande - Relevo - Sao Miguel - Acores - Portugal
Entre a Serra de Água de Pau e o mar, e ao nível deste, situa-se uma planície onde está localizada a Cidade da Ribeira Grande.
A origem vulcânica do maciço de Água de Pau manifesta-se pela existência de fumarolas na Caldeira Velha e nas Caldeiras da Ribeira Grande, bem como por várias nascentes de água mineral: Lombadas, Gramas, Ladeira da Velha.
O litoral é caprichosamente recortado. Predominam as arribas, por vezes altas, interrompidas aqui e acolá por troços de praia, como as da Cidade da Ribeira Grande [Areal de Sta. Bárbara e Monte Verde], a dos Moinhos [Porto Formoso] e a da Viola [Lomba da Maia].
Ribeira Grande - Geografia - São Miguel - Acores - Portugal
Este Concelho é um dos seis em que está dividida a ilha de São Miguel. Tem a circundá-lo o Oceano Atlântico [a norte] e os Concelhos de Nordeste [a leste], Povoação [sueste], Vila Franca do Campo e Lagoa [a sul] e Ponta Delgada [a sudoeste e a oeste].
O Concelho da Ribeira Grande é o mais plano de toda a ilha, abrangendo 179,5 km2 e 14 freguesias.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Serra da Tronqueira - São Miguel - Açores - Portugal
Este acidente geológico tem o seu ponto mais elevado a 906 metros de altitude acima do nível do mar.
É nos contrafortes desta serra e no Pico da Vara que se encontra o Priolo, passariforme em vias de extinção com a designação científica de Pyrrhula murina. Este pássaro que até aos príncipios de 2007 apenas podia ser observado nas emidiações desta Serra e no já mencionada Pico da Vara tem sido encontrado já em 2008 a menores altitudes graças aos cuidados de protecção que lhe tem sido aplicados. Aqui localiza-se também o Centro Ambiental do Priolo, situado na localidade da Pedreira.

Nas suas imediações localiza-se o Pico Bartolomeu e na extremidade oposta o Outeiro Alto. Nas encostas desta serra nasce a Ribeira da Tosquiada e alguns dos afluentes da Ribeira do Guilherme ou Ribeira dos Moinhos como também é conhecida.
Vale das Furnas - Sao Miguel - Acores - Portugal
A tranquila e romântica Lagoa das Furnas, com o perfil gótico da Ermida José do Canto - dedicada a Nossa Senhora das Vitórias - projectado nas suas águas límpidas, convida a momentos de repouso. Nas suas margens, sulfataras vulcânicas, e as "cozinhas naturais", em que se obtém o famoso "cozido" enterrando no solo os tachos, hermeticamente fechados. As Caldeiras são uma área de manifestações vulcânicas diversas, sendo uma das mais espectaculares a caldeira de Pêro Botelho, com a sua lama fervente. Junto às Caldeiras, as nascentes de água termal a diversas temperaturas. Integradas neste conjunto, as Termas Pavilhões e hospital termal (séc. XIX).
O Parque Terra Nostra, com base nas plantações iniciadas no séc. XVIII por Thomas Hickling, prosseguidos no séc. XIX, na pitoresca freguesia das Furnas, é uma visão romântica de lagos, caminhos sinuosos, flores, árvores exóticas centenárias, silêncio. Lago-piscina de água termal quente, confluência de duas ribeiras.
Integrados no complexo turístico do Vale das Furnas, um campo de golfe e "courts" de ténis.
O Vale das Furnas é atravessado por duas caudalosas ribeiras, uma de água fria e outra de água quente, colorida pele ferro em suspensão. Típicas azenhas.
Nas proximidades, o Pico do Ferro, miradouro que oferece amplos panoramas sobre o Vale das Fumas. Cascatas.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Lagoa do Fogo - Sao Miguel - Acores - Portugal
Faz parte integrante da Rede Natura 2000, pelo facto de ter sido classificada como Sítios de Importância Comunitária. SIC (Açores), aprovado por Decisão da Comissão Europeia no dia 28 de Dezembro de 2001, nos termos da Directiva Habitats 92/43/CEE do Conselho. Esta lagoa de águas muito azuis ocupa uma área de 1 360 há, que é bastante tendo em atenção as dimensões da própria ilha.

A lagoa do Fogo, ocupa a grande caldeira de vulcão adormecido do fogo. Este vulcão dá forma ao grande maciço vulcânico da Serra de Água de Pau, localizado no centro da ilha de São Miguel. Todas esta zona é rodeado por uma densa e exuberante vegetação endémica.
Esta caldeira vulcânica, tal como o vulcão que lhe deu forma é a mais jovem da ilha de São Miguel e ter-se-á formado há cerca de 15 000 anos. A sua configuração actual é resultado do último colapso, tido como importante e que ocorreu no topo do vulcão, há aproximadamente 5 mil anos. A última erupção data de 1563.
Esta Lagoa, é também a lagoa mais alta da ilha de São Miguel, facto que se deve a se encontrar no cimo de uma montanha cujo ponto mais alto se eleva a 949 metros. Localiza-se no topo do grande vulcão do Fogo, também conhecido como vulcão de Água de Pau. A caldeira tem forma de colapso tem forma elíptica e dimensões aproximadas de 3 x 2,5 km. As paredes desta caldeira chegam a atingir desníveis de 300 metros.
A lagoa devido a se encontrar no centro da cratera localiza-se a uma cota bastante mais baixa, encontrando-se a 575 metros. A profundidade máxima atingida nesta lagoa são os 30 metros. Dentro de todo o perímetro da Reserva Natural, lagoa, cratera, e vertentes da mesma, destacam-se bastantes espécies de plantas endémicas dos Açores: é o caso do cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), o louro (Laurus azorica) e o sanguinho (Frangula azorica). Surgem ainda a malfurada (Hypericum foliosum), a urze (Erica azorica) e o trovisco-macho (Euphorbia Stygiana).

A principal fauna, aqui representada pelos pássaros de pequenas dimensões é muitas vezes acompanhada por aves de grande porte como as aves de rapina. Assim, surge nos ares da lagoa, além das aves caracteristicamente terrestres como o pombo-torcaz-dos-Açores (Columba palumbus azorica), o milhafre ou queimado (Buteo buteo rothschildi), a alvéola-cinzenta (Motocilla cinérea) e o melro-preto (Turdus merula azorensis), as aves marinhas como a gaivota (Larus cachinnans atlantis) e o garajau-comum (Sterna hirundo).
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Igreja de Sao Nicolau - Sete Cidades - Sao Miguel - Acores - Portugal
Sete Cidades - Historia - Sao Miguel - Acores - Portugal
Sete Cidades tem uma escola do 1.º ciclo, uma igreja (São Nicolau), e um campo de futebol.
Situa-se esta freguesia na parte oeste da ilha de S. Miguel, nas Cumieiras da Bretanha. Dista cerca de 32 km da sede do concelho de Ponta Delgada e é limitada pelas freguesias da Bretanha, Remédios, Relva, Feteiras, Candelária, Ginetes e Mosteiros. Tal como a freguesia das Furnas, esta povoação localiza-se no interior de uma cratera, estendendo-se pela margem oeste da Lagoa Azul.Esta cratera é uma espécie de fosso de grande profundidade, de 12 km de circunferência, completamente fechada em toda a volta. No fundo, espraia-se água onde se reflecte o arvoredo que abunda nas vertentes.Apresenta este vale uma lagoa principal, maior que as restantes, conhecida por Lagoa Azul, e outra, a sul, conhecida por Lagoa Verde, seguindo-se outras lagoas ou caldeiras menores: a de Santiago, a Rasa e a do Alferes. Junto à margem da lagoa maior, destaca-se uma povoação de casas brancas.
O solo, extremamente poroso, permite o escoamento das águas através das fendas do basalto. Todavia, não sendo suficiente este escoamento, foi construído um túnel que garante a estabilidade do nível da água. Sete Cidades emergiu das entranhas de um vulcão, cujo cone gigantesco a isola do mar e do mundo. Foi em consequência dos grandes cataclismos sísmicos verificados em 1444, que se formou a sua bacia hidrográfica. O nível das águas das lagoas está aproximadamente a 251 metros do nível do mar, sendo de 19 metros, a sua maior profundidade.
O primeiro documento que menciona os Açores como terra já descoberta, foi passado em 1439 pela chancelaria de D. Afonso V, inferindo-se da sua leitura o intuito de mandar povoar as ilhas, para o que já fizera o trabalho preliminar da distribuição dos animais necessários à alimentação do homem, tendo ficado ligado a esta tarefa o nome de Frei Gonçalo Velho, primeiro capitão donatário das ilhas de Santa Maria e S. Miguel.
Todavia, o povoamento de S. Miguel só teve lugar a partir de 1474, isto é, depois de Rui Gonçalves da Câmara ter comprado a capitania da ilha a João Soares de Albergaria, em grande parte devido às dificuldades de comunicação com o Continente e porque os portugueses procediam aos primeiros ensaios de navegação no mar alto.
Assim, com ampla experiência colonizadora adquirida na Madeira, foi ele quem promoveu a vinda de colonos e quem procedeu à divisão e distribuição das terras, para serem arroteadas e cultivadas.
Segundo reza a tradição, os descobridores aportaram a um lugar que se haveria de chamar, mais tarde, Povoação Velha. Continuaram depois até Vila Franca do Campo, para finalmente chegarem a Ponta Delgada.
Inicialmente, esta povoação foi um pequeno povoado de pescadores atraídos pelas suas seguras enseadas. Assim, o povoamento da ilha de S. Miguel processou-se a partir do litoral, sendo, portanto, desabitado, nos primeiros tempos, todo o seu interior. Tal também aconteceu a Sete Cidades.
Lagoa das Sete Cidades - Acores - Sao Miguel - Portugal
Após uma fase de reposo, de cerca de 10 000 anos estes aparelhos vulcânicos entraram em actividade no fundo da caldeira.. Pode-se distinguir a partir de norte para sul e no sentido contrário dos ponteiros do relógio: Seara(5 000 B.P.), Caldeira do Alferes(4 000 B.P.) Caldeira Seca(em 1 444 B.P.)(estes dois compostos de Traquiticos apresentam uma ligeiramente picos com uma cavidade sugerindo um lago). Segundo outra fonte o cone de escórias de Cerrado das Freiras situado a este do Lago Azul ter-se-á formado em 1444.A actividade extra-caldeira das Sete Cidades manifestou-se com pequenas emissões de lava, as mais recentes encontram-se a oeste da Ilha de São Miguel: Ponta da Ferraria(840 B.P) e no Pico das Camarinhas (1713)
Segundo outras fontes(Forjaz,1997) após um estudo histórico das erupções, estas podem-se ter dado em 1439 e 1460, mas não existe nenhuma referência á erupção de 1444. No final de 1713, a erupção do pico de Camarinhas que formou a ponta de Ferraria. Á pouco tempo a zona vulcânica das Sete Cidades apresentou uma crise sísmica em Junho de 1998 que culminou na noite de 2 para 3 de Agosto com 120 sismos registados em três horas.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Ilhéu da Vila Franca do Campo - Açores - Portugal
Presentemente, os bordos da cratera compõem dois ilhéus, o ilhéu Pequenino situado na costa nordeste e o Ilhéu Grande que constitui a maior estrutura emergente. A cratera por eles definida, forma uma baía quase circular com cerca de 150 metros de diâmetro que comunica com o mar através de um pequeno canal orientado a norte, entre o ilhéu Grande e o ilhéu Pequenino. Blocos de rocha basáltica dominam as zonas mais influenciadas pela acção da ondulação, tais como o canal de entrada e as várias fissuras através das quais a água sai da cratera (localmente conhecidas por golas).
Embora marcada por uma forte intervenção humana, as comunidades terrestres incluem ainda matos macaronésios naturais de faia e urze, sobretudo na face norte do ilhéu Pequenino, onde subsistem espécies como o bracel Festuca Petraea, o Juncus Acutus,a urze Erica Scoparia Azorica e a faia-da-terra Myrica Faya. O Ilhéu Grandeencontra-se fortemente dominado pela presença de flora introduzida, sendo a cana Arundo Donax e a árvore de folhagem permanente Metrosideros Tomentosa as mais abudantes.

Relativamente à diversidade de aves da comunidade de aves marinhas que ocorre e nidifica no ilhéu existem referências bem documentadas, tendo a área sido recentemente inclúida na lista de Important Bird Areas dos Açores, publicada este ano pela Birdlife International. No ilhéu e na costa envolvente nidificam uma colónia de cerca de 300 casais de cagarros Calonectris Diomedea e uma colónia de garajáus-comuns Sterna Hirundo de cerca de 10 casais. Existem ainda dados de ocorrência de freira-do-bugio Pterodroma Feae e de Oceanodroma Castro na mesma costa.
A composição e distribuição das comunidades litorais evidenciam diferenças que resultam da localização (mais ou menos exposta) e o tipo de seustrato (sedimentar ou rochoso), traduzindo-se numa das grandes riquezas desta área protegida. Numerosas espécies de algas e invertebrados caracterizam a zona-entre-marés. Entre as mais conhecidas e facilmente identificáveis encontra-se a Ligia Italica (pequeno crustáceo isópode), Melarhaphe Neritoides (gastrópode), Fucus Spiralis (alga castanha localmente conhecida por fava-do-mar), Patella Candei (lapa mansa), Carollina Officinalis (alga vermelha de fonte calcária), Paracentrotus Lividus (ouriço) e Ophidiaster Ophidianus (estrela-do-mar). A nível submarino, as golas encontram-se entre os habitates mais típicos desta área protegida e de maior interesse, sobretudo pela fauna ciáfila que abrigam.
Nos Açores, as paredes destes corredores são normalmente recobertas por organismos como esponjas, briozários encrostrantes, madreporários (como Caryophillia Smithii) e minúsculos hidrários. Sobre o fundo e sobre as irregularidades do substrato, encontramos vulgarmente pequenos camarões de tons avermelhados (Plesionika Narval) e crustáceos de maiores dimensões como caranguejos-ermitas (Dardanus Callidus) e os sempre surpreendentes cavacos (Scyllarides Latus). Ao nível dos peixes, congros (Conger Conger), abróteas (Phycis Phycis) e foliões (Apogon Imberbis), são as espécies mais frequentes.

O fundo da baía interior do ilhéu é composto por rocha nua parcialmente coberta de areia, sendo as zonas sul e sudeste as mais profundas. Para além da comunicação que a baía estabelece com o mar através do canal estreito acima referido, as golas são importantes para a comunidade da baía, na medida em que providenciam trocas adicionais de água e areia entre a baía e o mar aberto. A configuração do banco de areia em forma de crescente, sofre certamente influência de factores sazonais, mas parece resultar da força relativa da água que atravessa as fissuras e da direcção predominante dos ventos.
Sobre o quadrante noroeste da baía desenvolve-se um interessantíssimo povoamento formado por algas calcárias de crescimento livre (maerl). Crescendo a partir dos núcleos centrais, estas algas vão desenvolvendo prolongamentos em várias direcções. À medida que as suas dimensões vão aumentando, as ondas passam a movimentar e a rolar as algas mais frequentemente, levando a um arredondamento do contorno exterior formado pelos vários prolongamentos. No auge do seu desenvolvimento, estes nódulos adquirem uma forma esférica e atingem o tamanho de bolas de golfe. O Ilhéu de Vila Franca do Campo é o único local dos Açores onde se registou a ocorrência deste tipo de povoamento.
O Decreto Regulamentar Regional n.º 3/83/A de 3 de Março que classifica o ilhéu como área protegida prevê algumas medidas regulamentares no domínio da exploração dos recursos marinhos. Desta forma, não são permitidas na zona marítima a pesca e a apanha de moluscos, crustáceos e outros invertebrados, bem como a colheita de plantas aquáticas.
No entanto, face à elevada pressão turística que se faz sentir na ilha de São Miguel, o uso e acesso ao ilhéu deverão ser avaliados em função da protecção das espécies e habitates naturais que se pretende para aquela área. Neste sentido, e uma vez que a pressão se verifica especialmente durante a época balnear, a gestão dos recursos costeiros e marinhos do ilhéu de Vila Franca do Campo irá exigir a combinação de uma série de medidas que vão desde acções dirigidas a áreas ou usos particulares até regulamentos gerais que se aplicam à totalidade da área.
Vila Franca do Campo - História - Açores - Portugal

Vila Franca do CampoAquela situação terminou quando na noite de 21 para 22 de Outubro de 1522, um violento sismo provocou um grande escorregamento de terras nas encostas sobranceiras à vila, causando um lahar que soterrou a maior parte do povoado. O efeito combinado do sismo e do soterramento provocou a morte a alguns milhares de pessoas. O sismo, hoje conhecido por subversão de Vila Franca, causou ainda mortes em muitas outras povoações de São Miguel e também grandes escorregamentos de terras na Maia e região circunvizinha e em Ponta Garça. A tragédia de Vila Franca inspirou muitos escritos e pelo menos um romance de raiz oral intitulado Romance que se fez d'algumas mágoas, e perdas que causou o tremor de Vila Franca do Campo, editado por Teófilo Braga.
Apesar da destruição, Vila Franca manteve até ao século XVIII, quando a Ribeira Grande a suplantou em importância, o papel de segunda povoação da ilha (depois de Ponta Delgada, nela se desenrolando alguns dos mais importantes eventos das lutas contra entre os partidários de D. António, Prior do Crato e de Castela, que culminaram na batalha naval de Vila Franca, travada ao longo do litoral sul da ilha de São Miguel a 26 de Julho de 1582. Após a batalha, o marquês de Santa Cruz de Mudela, D. Álvaro de Bazán, desembarcou na vila, nela estabelecendo o seu quartel general e ali fazendo supliciar cerca de 800 prisioneiros franceses e portugueses, no maior massacre jamais ocorrido nos Açores.Em Julho de 1562 nasceu nesta povoação Bento de Goes (ou Bento de Góis) que empreendeu na Ásia Central, entre 1602 e 1606, a maior viagem de exploração terrestre portuguesa e uma das maiores de sempre da história da humanidade.